top of page

A ação terapêutica na Psicanálise Relacional

Início: 14/03/2025


DATAS: MARÇO: 19, 26 | ABRIL: 02, 09, 16, 23, 30 | MAIO: 07, 14, 21, 28 | JUNHO: 04 (quartas-feiras)

HORÁRIO: 20h

LOCAL: on-line/Zoom

NÚMERO DE SEMINÁRIOS: 12 (doze)

Coordenadora:

Denise Salomão Goldfajn 

Colaboradora: Munira Aiex Proença 

OBJETIVO:

A Psicanálise Relacional, é um movimento iniciado por psicanalista norte-americanos em meados dos anos 80, que vem se disseminando e transformando-se para além de fronteira geográficas estritas. O paradigma relacional busca pensar a psicanálise em termos de uma perspectiva que predomine o modelo de duas pessoas, relacional, interativo como uma alternativa ao modelo pulsional, interpretativo de apenas uma subjetividade a ser tratada. A mudança, no paradigma relacional, é um descentramento e uma nova perspectiva no setting, onde prevalecem, o movimento dinâmico, mútuo, democratizando o dispositivo. Essas mudanças ocorrem quando o modelo pulsional já não alcançava tratar de configurações sociais ou antes excluídas do campo de análise, como sexualidades alternativas, novas configurações familiares, questões ligadas a relações raciais, de gênero e diferenças de classe, abrindo espaço para pensar modelos ampliados de empatia e reconhecimento mútuo. 
O movimento relacional identificou e recuperou uma “linhagem relacional” desde as origens da psicanálise, partindo das ideias de Freud e de Sandor Ferenczi, e seu desenvolvimento na escola das Relações de Objeto e da Psicanálise Interpessoal, baseada na ideia de que é o contato emocional e a relação com o outro a motivação essencial que inspira o desenvolvimento humano. Através de uma práxis clínica diferenciada, surgem novas formas de observar a evolução do vínculo transferencial e de avaliar o que acontece na clínica nossa de cada dia.
Nesse curso vamos estudar a dimensão da práxis clínica que James Strachey chamou de eficácia terapêutica, observando como o par analítico se move por três terrenos psíquicos distintos: a intersubjetividade, sobre qualidade do encontro; a alteridade, sobre a vicissitude de ser único; e a terceiridade, sobre a plasticidade de criar novos espaços psíquicos. Longe de serem conceitos estritos, são ideias que ampliam as fronteiras da vitalidade psíquica. Em termos sumários, nesse curso pretendemos:
1-Apresentar e discutir novas direções na clínica psicanalítica contemporânea e suas respectivas teorizações.
2- Familiarizar os participantes com um estudo cartográfico entre diferentes autores da Psicanálise contemporânea e autores da Psicanálise Relacional.
3-Sistematização de ferramentas clínicas e sua evolução historiográfica na Psicanálise.

 

MÉTODO: aulas expositivas, discussão de artigos e apresentações áudio visuais.

SISTEMA DE VERIFICAÇÃO DO APRENDIZADO: participação e frequência de no mínimo 75% dos seminários, evidenciando o acesso à bibliografia

PRÉ-REQUISITOS: inscrição no Período de Qualificação e curiosidade e disposição para o debate

NÚMERO DE VAGAS: 20 (vinte)

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO: ordem de inscrição
 

REPRESENTANTES DO CURSO JUNTO AO DEPARTAMENTO CURRICULAR E DOCENTE: Denise Salomão Goldfajn

 

SUMÁRIO DA DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS:


1. Seminário de 19/03
Apresentação do curso e vinheta clínica apresentada em aula 

 

2. Seminário de 26/03
Como avaliamos o que fazemos na clínica? 
Que instrumentos usamos para validar o curso de uma análise? A técnica em questão
 
3. Seminário de 02/04

O percurso da transferência – Resistência, transferência, contratransferência.

4. Seminário de 09/04
Trabalhando com a mutualidade na clínica -  O jogo transferencial, entre o improviso e o enactment.
Aron, L. (1996). A meeting of minds: Mutuality in psychoanalysis. Analytic Press, Inc.

5. Seminário de 16/04
O terreno psíquico da intersubjetividade – Benjamin, J. (1995) Recognition and destruction: An outline  of intersubjectivity. 

6. Seminário de 23/04
Intersubjetividade – aplicação clínica 

7. Seminário de 30/04
O terreno psíquico da alteridade. 

8. Seminário de  07/05
Alteridade –aplicação clínica 

9. Seminário de  14/05
O terreno psíquico da Terceiridade 
 
10. Seminário de  21/5
Terceiridade - Aplicação clínica 
 
11. Seminário de 28/05
Transitando na sessão clínica entre espaços psíquicos transferenciais.
A partir de vinhetas clínicas trazidas pelos colegas, vamos pensar juntos no trânsito entre os distintos terrenos psíquicos.
 
12- Seminário de 04/6
Conclusão e finalização. 


BIBLIOGRAFIA INDICADA:
 

Toda a bibliografia será disponibilizada de forma digital e traduzida por Deep L para o português.

Strachey, J., The nature of the therapeutic action in psychoanalysis. IJP, Vol. 50, London, 1965.
 

Loewald, H. W. (2015) Sobre la acción terapêutica del psicoanálisis. Revista de Psicoanálisis (APM) 75:51-86
 

Kohut H. (1971). The Analysis of the Self. New York: International Universities Press. 
 

Goldfajn, D. S., & Kupermann, D. (2018). Subsídios para pensar sobre uma metapsicologia do encontro analítico. 
Trieb, 17( 1/2), 123-142.

 

Aron, L. (1996). A meeting of minds: Mutuality in psychoanalysis. Analytic Press, Inc.
 

Benjamin, J. (1995) Recognition and destruction: An outline of intersubjectivity. 
 

Ogden T.H. (1999). The Analytic Third: An Overview. In Mitchell S., Aron L. (eds.), Relational Psychoanalysis: The
Emergence of a Tradition. Hillsdale, NJ : Analytic Press. 

 

Baranger, M. The mind of the analyst: from listening to interpretation. International Journal of Psychoanalysis, n. 74, p. 15-24, 1993. 
Coelho Jr, N. Figuras da terceiridade na psicanálise contemporânea: suas origens e seus destino, Cad. Psicanál.-CPRJ,
Rio de Janeiro, v. 37, n. 32, p. 175-195, jan./jun. 2015 

 

Outras leituras serão sugeridas no decorrer do curso.
 

Os cursos eletivos estão abertos para MEMBROS E ALUNOS FEBRAPSI.

CLIQUE AQUI PARA MAIS INFORMAÇÕES.

bottom of page